No dia 30/11/15 deixamos o Equador e entramos no Peru. Nós estávamos super apreensivos e um pouco desanimados por retornar ao Peru em razão do trânsito. As estradas no Peru são boas (melhores do que as nossas BRs), mas os motoristas são totalmente imprudentes; além disso, quando entramos nas cidades temos que dividir o espaço com motos, taxis e tuc-tucs (um caos).
Nós cruzamos a fronteira por Tumbes, onde foi montado uma fronteira integrada Peru/Equador. Isso supostamente deveria agilizar os procedimentos, mas não foi bem assim. A imigração é simples, mas a aduana foi bem complicada; má vontade, malandragem para tentar tirar dinheiro e muita burocracia depois, conseguimos fazer a importação temporária do Godzilla.
Nosso plano era cruzar o Peru o mais rápido possível, já que o final do ano está chegando e gostaríamos de passar o Natal em casa. Assim, seguimos da fronteira até Piura no dia 30/11; de Piura a Chimbote no dia 01/12; de Chimbote a Lima no dia 02/12; e de Lima a Nasca no dia 03/12. Quando saímos de Nasca no dia 04/12 já tínhamos rodado mais de 2.000 dos 3.200 km totais, e parecia que tudo correria bem, mas quando estávamos a cerca de 150 quilômetros de Abancay, literalmente no meio do nada, o Godzilla deu sinais de que algo não estava bem.
Paramos no acostamento, mas não tinha sinal de celular e nenhum socorro por perto. O jeito foi pedir a um caminhoneiro que nos levasse até um lugar onde pudéssemos pedir um reboque. Ele gentilmente nos rebocou por aproximadamente 30 km até o pedágio, onde conseguimos um guincho da concessionária que nos rebocou até um povoado pequeno chamado Chalhuanca.
Em Chalhuanca paramos em uma oficina, mas eu (Dan) entendia mais da mecânica da nossa Land Rover do que o mecânico, e obviamente não havia peças de reposição para o nosso carro. O jeito foi dormir em um pulguero qualquer e no dia seguinte (05/12/15) colocar o Godzilla em um caminhão (em Chalhuanca não existem guinchos) e levá-lo até Cusco, a mais de 300 km de distância, onde já tínhamos feito contato com integrantes do Land Rover Clube Peru, que se dispuseram a nos ajudar.
Após uma desconfortável viagem de mais de 7 horas na boléia do caminhão, chegamos em Cusco e encontramos com o John, John coreano, Sandro e seu filho Giordano. Eles nos ajudaram a tirar o Godzilla do caminhão e nos rebocaram até a casa do Sandro, onde diagnosticamos que o problema era o eixo do balanceiro que quebrou em 4 partes, fazendo o Godzilla parar. Esse problema foi provavelmente causado pela quebra da correia dentada no Equador, mas não foi diagnosticado pelo Boris do Talleres Faconza.
No domingo contamos com a ajuda de outro membro do Land Rover Clube Peru, Nickola, que correu até uma oficina especializada em Land Rovers de Lima, falou com o dono, comprou a peça que nós precisávamos para realizar o reparo e despachou em um voo da Lan de Lima para Cusco. Detalhe, isso tudo aconteceu no dia 06/12/15, DOMINGO. Não temos como agradecer toda ajuda que recebemos!
Na segunda-feira (07/12/15) logo cedo nós passamos no Aeroporto de Cusco para buscar a peça enviada pelo Nickola, e fomos até a casa do Sandro para terminar de montar o motor. Mais duas horas de trabalho, algumas ligações para o Luiz Fraga da The Specialist para tirar dúvidas técnicas e voilà, o Godzilla voltou à vida!
Com o Godzilla de volta, na manhã seguinte (08/12/15) saímos de Cusco com destino à nossa última parada em terras Peruanas, Puerto Maldonado. Nós estávamos um pouco preocupados com essa parte da viagem pois a Província (Estado) de Madre de Dios é foco de inúmeros problemas com a atividade ilegal de mineração e sofre constantemente com bloqueios da Rodovia Interoceânica (rodovia que liga o Peru ao Brasil). O último bloqueio aconteceu no dia 27/11 e durou até o dia 03/12, quando foi (teoricamente) suspenso, mas não conseguíamos informações concretas sobre a situação.
(imagens da internet)
Além do bloqueio, a região sofreu recentemente com dois fortíssimos terremotos que sacudiram até a capital do Acre, Rio Branco. Novamente era muito difícil encontrar informações sobre a situação da estrada e das cidades, mas no fim deu tudo certo e não encontramos nenhum problema (nem com o bloqueio e nem com o terremoto) e depois de muito sobe e desce, entramos no primeiro estado brasileiro (em ordem alfabética), o Acre.
Ufa, passaram exatos 445 dias desde que saímos com o Godzilla do Brasil. Nós retornamos algumas vezes, mas o nosso companheiro de viagem só agora retornou à nossa judiada e muitas vezes ignorada terra natal. Da fronteira ainda dirigimos cerca de 350 km até a capital acreana, Rio Branco. Infelizmente a condição da estrada, que era muito boa no Peru, passou para horrível e cheia de buracos no lado brasileiro, mas o gostinho de estar em casa (pelo menos no jardim chamado Amazônia) era tão bom, que “quase” não notamos as enormes crateras da estrada…
Agora vamos seguir pelas estradas do Centro Oeste Brasileiro com destino ao nosso ponto de partida, São Paulo.
Voltamos ao Peru! Não teve jeito de escapar, a única forma de entrar no Brasil seria cortando o Peru praticamente inteiro. De quebra, tivemos um problema mecânico com o Godzilla quando estávamos a mais de 3.500 metros, em um lugar sem sinal de celular. Mesmo assim conseguimos resolver tudo e saímos do Peru.
Com esses comentários, vamos aos números do Peru:
GPS
Km rodados | 2867 |
Km médio/dia | 286 |
Dias com o carro parado | 2 |
Paradas policiais | 2 |
Paradas fitosanitárias | 0 |
Diesel
Litros consumidos | 314,92 |
Autonomia média Km/L | 9,10 |
Litro mais caro (USD) | 0,863 |
Litro mais barato (USD) | 0,550 |
Valor médio diesel (USD) | 0,763 |
Calendário
Data inicial | 30.11.15 |
Data final | 09.12.15 |
Número de dias previstos | 10 |
Clima
Condição | Dias |
Sol | 7 |
Nublado | |
Sol/Chuva | 3 |
Calor > 20 | 6 |
Normal | 4 |
Frio < 10 |
Acomodação
Condição | Dias |
hotel | 10 |
acampamento |
Cruzar o Peru é difícil em razão do trânsito, mas mesmo assim rodamos uma média de 450 quilômetros por dia. Tivemos um contratempo com o Godzilla que nos fez parar 1 noite em Chalhuanca e outras 3 noites em Cusco, mas deu tudo certo.
Com isso, vejam onde ficamos e o que achamos:
PIURA (30/11/15)
Hotel El Príncipe (https://www.elprincipehoteles.pe). Essa é a segunda vez que ficamos neste hotel. Dessa vez o quarto não era muito bom, mas o hotel continua sendo um grande achado. Quartos limpos com TV, frigobar, ar condicionado e wi-fi. O estacionamento fica a poucas quadras do hotel.
Nossa classificação – Muito bom
CHIMBOTE (01/12/15)
Hotel Buenos Aires (http://www.hotelbuenosaires.com.pe). Esse hotel já deve ter sido bom um dia. Os quartos são antigos, mas limpos e o restante das instalações sofre com infiltrações e falta de manutenção. O estacionamento é fechado, mas com um portão alto. Serviu para passarmos a noite.
Nossa classificação – Ruim
LIMA (02/12/15)
Radisson San Isidro (http://www.radisson.com/san-isidro-lima-27-hotel-pe/peisidro?language=pt_BR). Em Lima o pior é encontrar onde estacionar o carro. Esse Radisson caiu do céu pois além de um estacionamento fechado sem limite de altura, está localizado em um ótimo bairro, próximo a excelentes bares e restaurantes.
Nossa classificação – Ótimo
NASCA (03/12/15)
Casa Hacienda Nasca Oasis (http://www.nascaoasis.com). Um hotel próximo ao centro de Nasca, mas super tranquilo. O hotel ocupa uma área enorme e os quartos ficam espalhados em pequenos blocos. Não tem ar condicionado, mas a noite em Nasca o tempo é bem agradável. Jantamos no restaurante do hotel que é simples, mas gostoso.
Nossa classificação – Bom
CHALHUANCA (04/12/15)
Hotel Zegarra (https://www.facebook.com/pages/Hotel-Zegarra-Chalhuanca/247528061964274). Uma espelunca em um povoado esquecido por Deus entre Cusco e Nasca. Não tivemos opção já que o Godzilla resolveu empacar mais uma vez. Tomamos um banho e dormimos, mas não recomendamos à ninguém ficar em Chalhuanca por livre e espontânea vontade.
Nossa classificação – Muito Ruim
CUSCO (05/12/15)
Sonesta Hotel Cusco (http://www.sonesta.com/cusco). Após uma péssima noite em Chalhuanca e uma viagem de 7 horas de caminhão até Cusco, acho que merecemos dormir em um lugar limpo e decente. Escolhemos o Sonesta que está afastado do centro histórico de Cusco. Não é ideal para um turista que quer conhecer a cidade, mas foi perfeito para nós, pois todos os dias tínhamos que sair para resolver coisas (lavar roupa, buscar peças do carro, visitar a oficina).
Nossa classificação – Ótimo
PUERTO MALDONADO (08/12/15)
Wasai Maldonado Ecolodge (http://www.wasai.com/puerto-maldonado-amazon-hotel-lodge.html). Um hotel com uma proposta de ecoturismo na Cidade de Puerto Maldonado. Conta com restaurante e quartos simples com e sem ar condicionado. Optamos por um quarto com ar condicionado, mas ficamos sem wifi (não pega no quarto).
Nossa classificação – Razoável
Já estamos quase saindo do Peru, mas foi tão corrido que não conseguimos fechar nossa passagem pelo Equador. Como já dissemos antes, esse é um país muito agradável, então não nos importamos de passar alguns dias a mais por aqui nessa segunda passagem pelo país.
Com isso, seguem os números do Equador:
GPS
Km total rodado | 811 |
Km médio/dia | 116 |
Dias com o carro parado | 4 |
Paradas policiais | 1 |
Diesel
Litros consumidos | 164.24 |
Autonomia média Km/L | 8,00 aprox. |
Litro mais caro (USD) | 0,273 |
Litro mais barato (USD) | 0,273 |
Valor médio diesel (USD) | 0,273 |
Calendário
Data inicial | 15.11.15 |
Data final | 30.11.15 |
Número de dias totais | 7* |
* Desconsidera 1 semana que passamos no Brasil
Clima
Condição | Dias |
Sol | 5 |
Nublado | |
Neve | |
Chuva | |
Sol/Chuva | 2 |
Calor > 20 | |
Normal | 7 |
Frio < 10 | |
Frio < 0 |
Acomodação
Condição | Dias |
hotel | 7 |
acampamento | |
hostel |
Saindo de Cartagena, no famoso ponto de encontro de overlanders no Laguito, encontramos o Andres, a Oihane e a Eguzki do Kronopios y Krilometros (https://kronopiosykrilometros.wordpress.com). Eles começaram a sua viagem há mais de 1 ano na Argentina e estão agora tentando cruzar ao Panamá.
Essa não é a primeira vez que cruzamos com eles, mas na outra oportunidade não conseguimos falar com eles; e pensar que isso aconteceu em novembro do ano passado na costa do Peru. Quase um ano mais tarde lá estavam eles sentados na mesma praça do Laguito onde passaram Roy e Michelle (Mundo por Terra), Castro e Rosely (Vamos pro Alasca) e Mathias e Candelaria (Via Mexico Cabrones).
Eles estão aguardando uma posição sobre a possível volta do ferry entre Cartagena, Colômbia e Colón, Panamá para poder seguir viagem pela América Central. Esperamos que o serviço de ferry seja retomado e que vocês possam seguir viagem!
Buen viaje amigos!
Dan e Liene
* * *
We were leaving Cartagena when we have met Andres, Oihane y Eguzki from Kronopios y Krilometros (https://kronopiosykrilometros.wordpress.com). They have started their trip more than 1 year ago in Argentina and are now trying to cross to Panama.
This was not the first time we spot them, but in the last one we could not talk to them. The first time happened 1 year ago in the coast of Peru. A year latter there were them sitting in the same park of the Laguito where we met Roy and Michelle (Mundo por Terra), Castro and Rosely (Vamos pro Alasca) and Mathias and Candelabra (Via Mexico Cabrones).
They are waiting for news of a new ferry service between Cartagena, Colombia and Colon, Panama to continue their trip through Central America. We hope that the ferry resumes and that you are able to move on!
Buen viaje amigos!
Dan and Liene
Como já comentamos em posts anteriores, as Américas são ligadas por uma rede de estradas conhecida como Panamerican Highway, exceto por um pequeno trecho de pouco mais de 100 km entre a Colômbia e o Panamá chamado Darien Gap (https://zanzando.com/2014/10/28/ferry-xpress-2/). Em razão disso, todos os viajantes que seguem do Sul ao Norte e vice-versa, são obrigados a despachar o carro de navio para superar o Darien Gap.
Os custos dessa travessia são altos (de 1.800 a 3.000 USD em média pelo carro e passagens aéreas); além disso o carro leva pelo menos 1 semana para sair de Cartagena, Colômbia e chegar em Colón, Panamá, isso sem mencionar a burocracia, vistorias e inspeções tanto para embarcar quanto para desembarcar o carro.
Quando cruzamos para o Panamá, ainda no caminho de ida ao Alasca, utilizamos um ferry (https://zanzando.com/2015/02/05/cruzando-ao-panama/), mas o serviço foi interrompido em abril de 2015, restando apenas as opções tradicionais (container ou navio de transporte de veículos) e mais caras de envio.
Sabendo disso decidimos que a melhor forma de retornar à América do Sul seria enviar o carro de Miami, EUA, já que o custo seria praticamente o mesmo de enviar o carro do Panamá. Infelizmente enviar o Godzilla direto para o Brasil estava fora de cogitação, já que é consenso que os portos brasileiros são os mais complicados para desembaraçar o carro, mesmo sendo um veículo brasileiro de um cidadão brasileiro (como é o nosso caso).
Assim, optamos por enviá-lo a Cartagena, Colômbia. O tempo de viagem seria de 1 semana e o custo de 1.500 USD; de quebra ainda conseguimos uma MEGA promoção da Avianca e pagamos apenas 90 USD cada passagem de Miami direto a Cartagena (fantástico!).
A empresa escolhida para o transporte do Godzilla foi a SC Line (http://www.scline.com/esp/index.html), que foi super solícita desde o primeiro contato. O processo todo foi muito simples e desburocratizado. Fizemos o pagamento por transferência eletrônica para a conta da SC Line em Miami, enviamos cópias dos documentos do veículo e pessoais, e quando chegamos em Miami passamos no escritório para assinar uma procuração e carta de intenção. Depois disso só tivemos que deixar o Godzilla no porto para que fosse embarcado no navio.

Pátio da SC Line em Fort Lauderdale, EUA

Navio Caroline Russ
O Godzilla chegou em Cartagena 9 dias depois de sair de Miami. A papelada de aduana e liberação do carro foi feita toda por funcionários da SC Line em Cartagena; nós tivemos apenas que realizar o pagamento das taxas portuárias e acompanhar a rápida vistoria da aduana.

Godzilla no porto em Cartagena
O processo todo foi muito tranquilo e nada em nosso carro foi mexido. Para não dizer que foi um serviço perfeito, sumiu nossa bandeira do Brasil que estava amarrada na escada traseira e o carro chegou com a bateria descarregada, provavelmente por terem deixado o carro com alguma coisa ligada após o embarque no navio. De qualquer forma, consideramos esses problemas menores e ficamos muito satisfeitos com o serviço da SC Line.
Para fechar o post, segue abaixo uma breve descrição dos documentos necessários e custos. Notem apenas que essa lista não é exaustiva, muito menos oficial; ela considera apenas o que nos foi exigido para o envio do carro de Miami, EUA para Cartagena, Colômbia.
De: Miami, EUA
Para: Cartagena, Colômbia
Modalidade de transporte: RORO (Roll-on/Roll-off)
Custos:
– SC Line – USD 1.307,53
– Taxas Portuárias (Cartagena) – COL 511.201,00 (aprox. USD 188,00)
Documentos Necessários:
– Documento original do veículo
– Nota fiscal de compra do veículo (nós não temos esse documento e fomos dispensados da apresentação)
– Cópia do passaporte do proprietário do veículo
– Cópia do carimbo de entrada nos EUA
– Copia do I-94 (formulário branco de imigração)
A casa é pequena, mas com um quintal bem grande, o mundo! É assim que o Marcão, Cris e o pequeno Caetano do O Nosso Quintal (https://www.facebook.com/onossoquintal/?fref=ts) nos receberam em Quito. Eles saíram de São Paulo no final de outubro de 2014 e estão seguindo rumo ao Canadá.
Nós já estávamos acompanhando a viagem deles, mas não fazíamos ideia que eles estavam em Quito, e a duas quadras de nós. É lógico que não perdemos a oportunidade e fomos conhecê-los. A conversa começou dentro da casa deles e terminou no bar do vizinho JW Marriott, afinal de contas um encontro desses merece uma comemoração a altura.
Marcão, Cris e Caetano, foi um ENORME prazer conhecê-los. Espero que vocês continuem fazendo uma viagem incrível e segura.
Beijos e abraços,
Dan e Liene
* * *
It’s a small house but the yard is huge, the world! This is how Marcão, Cris and the little Caetano from O Nosso Quintal (https://www.facebook.com/onossoquintal/?fref=ts) greeted us in Quito. They have left São Paulo in the end of October, 2014 and are heading to Canada.
We were already following them but we had no idea that they were in Quito, just two blocks away from us. Obviously we didn’t miss the opportunity and went to the parking lot to meet them. The conversation started inside their house and finished at the bar of the JW Marriott next door (a meeting like this deserves a great toast).
Marcão, Cris and Caetano, it was great to meet you. We hope that your road is full of surprises and always safe.
Love,
Dan and Liene
No retorno passamos bastante tempo em Cartagena a espera do Godzilla que vinha de Miami. Aproveitamos para encontrar nossos amigos de Bogotá e os pais da Liene, mas assim que o Godzilla desembarcou disparamos rumo sul.
Com isso, seguem os números da Colômbia:
GPS
Km total rodado | 1.604 |
Km médio/dia | 400* |
Dias com o carro parado | 6 |
Paradas policiais | 2 |
* Considera apenas os dias que ficamos com o Godzilla
Diesel
Litros consumidos | 224,15 |
Autonomia média Km/L | 7,16 |
Litro mais caro (USD) | 0,750 |
Litro mais barato (USD) | 0,568 |
Valor médio diesel (USD) | 0,709 |
Calendário
Data inicial | 04.11.15 |
Data final | 15.11.15 |
Número de dias | 11 |
Departamentos (Estados) | 10 |
Clima
Condição | Dias |
Sol | 8 |
Nublado | |
Neve | |
Chuva | |
Sol/Chuva | 3 |
Calor > 20 | 11 |
Normal | |
Frio < 10 | |
Frio < 0 |
Acomodação
Condição | Dias |
hotel | 11 |
acampamento | |
casa/convidado |
Aproveitamos que ainda estamos fora da temporada e ficamos em bons hotéis a preço de hotéis econômicos. A única exceção é Cartagena de Índias que parece não ter uma baixa temporada. Com isso, vejam onde ficamos e o que achamos:
CARTAGENA DE ÍNDIAS (04/11/15)
Movich Cartagena de Índias (https://www.movichhotels.com/esp/cartagena/cartagena-de-indias/Pages/index.aspx). Um hotel charmoso no centro histórico de Cartagena. O melhor desse hotel é o bar e a piscina que ficam no último andar com uma bonita vista das igrejas da cidade histórica. Não possui estacionamento.
Nossa Classificação – Ótimo
CARTAGENA DE ÍNDIAS (07/11/15)
Sofitel Santa Clara (http://www.sofitel-legend.com/cartagena/en/). Esse hotel foi construído em um antigo convento de Cartagena. As paredes externas do convento foram preservadas, mas por dentro o prédio foi todo reconstruído e modernizado. Esse hotel é uma das atrações turísticas de Cartagena.
Nossa Classificação – Ótimo
CARTAGENA DE ÍNDIAS (10/11/15)
Hilton Cartagena (http://www3.hilton.com/en/hotels/colombia/hilton-cartagena-hotel-CTGHIHH/index.html). Já ficamos nesse hotel em nossa passagem anterior por Cartagena. O hotel é super confortável com várias piscinas e acesso direto a uma pequena e reservada praia. O único porém fica por conta da sua localização (fora da cidade histórica), mas nada que uma rápida corrida de taxi não resolva.
Nossa Classificação – Ótimo
MONTERIA (11/11/15)
GHL Hotel Montería (http://www.ghlhoteles.com/hotel/ghl-hotel-monteria/64). GHL é uma rede de hotéis da Colômbia muito boa. O hotel de Montería foi inaugurado recentemente e ainda precisa de alguns ajustes. Ele está localizado em um shopping center, o que é muito cômodo. O estacionamento é o mesmo do Shopping, mas não tivemos problemas.
Nossa Classificação – Muito bom
MEDELLÍN (12/11/15)
Hotel San Fernando Plaza (http://www.hotelsanfernandoplaza.com). A viagem de Montería a Medellin levou mais de 18 horas (o normal são 7 horas) e por isso perdemos a reserva do hotel que tínhamos em Medellín. Tivemos que procurar um outro hotel às 2h15 da manhã, mas demos sorte pois o San Fernando Plaza tinha um quarto disponível. O hotel está um pouco desatualizado, mas é muito confortável. Ele está situado em um centro comercial e conseguimos estacionar o carro nas vagas do centro.
Nossa Classificação – Muito bom
CALI (13/11/15)
Hotel Intercontinental Cali (http://www.hotelesestelar.com/intercontinental-cali-un-hotel-estelar/). Um hotel da rede Intercontinental. Muito bem localizado e muito confortável. Os quartos virados para a sala são um pouco barulhentos. O hotel conta com uma garagem fechada, mas sem limite de altura (muito bom para nós).
Nossa Classificação – Muito bom
PASTO (15/11/15)
Hotel Frances La Maison (http://www.hotelfranceslamaison.com/nuevo/). Nós ficamos nesse hotel quando entramos na Colômbia em janeiro/2015, mas está tudo diferente (o hotel foi todo reformado há 3 meses). Os quartos contam com piso laminado (um pouco barulhento), mas estão muito confortáveis e sempre limpos. O atendimento continua cordial como sempre. O estacionamento fica a 4 quadras do hotel.
Nossa Classificação – Muito bom
Nós adoramos a Colômbia! Suas cidades, seu povo, sua comida e sua cultura encantam qualquer um, mas as estradas…
A condição das estradas na Colômbia até que não é ruim, mas 3 fatores fazem da experiência de dirigir pela Colômbia um desafio e tanto. O primeiro fator é o extremo norte da Cordilheira dos Andes. Cruzar a Colômbia de norte a sul não é complicado, mas todas as vezes que precisamos seguir de leste a oeste nos dá arrepios só de pensar; é um sobe e desce interminável com curvas que fariam até o Popeye ficar mareado.
O segundo fator são as estradas. Na Colômbia pouquíssimas estradas são duplicadas e o trânsito de veículos leves e pesados é super intenso. Quando cruzamos as cidades acrescentamos, ainda, as motos e os tuk tuks que estão por todo lado (acho que só não vimos motos e tuk tuks voando).
O terceiro e mais complicado são os motoristas. Tudo bem que os Colombianos são infinitamente mais educados do que os Peruanos, mas isso não impede que eles façam ultrapassagens forçadas, em lugares com pouca ou nenhuma visibilidade da pista contrária. Também são imprudentes na velocidade. Nos admira que não ocorram mais acidentes.
Todos esses fatores combinados fazem com que na Colômbia o deslocamento entre as cidades seja medido em tempo e não em distâncias (ex. de Montería a Medellin são 7h30 para uma distância de pouco mais de 400 km). E foi justamente na Colômbia que tivemos nosso pior dia na estrada.
No dia 12/11/15 saímos de Montería às 8h30, mas às 11h30, depois de percorrer pouco mais de 170km a estrada parou. Segundo um policial que fazia o bloqueio da estrada, aconteceu um acidente poucos quilômetros adiante que fechou a estrada. Ficamos parados até às 16h (sim, 4 da tarde) debaixo de um sol horroroso quando, enfim, os policiais liberaram a estrada.
Rodamos mais 70km e paramos novamente em razão da enorme confusão que se formou de ambos os lados quando a estrada fechou. Resumindo, ficamos outras 3 horas até conseguir sair do enrosco; mas e o acidente? Não sabemos, não vimos, não encontramos.
O resultado da nossa sexta-feira 13 antecipada para uma quinta-feira 12 foram mais de 18 horas para andar apenas 400 km. E pensar que essa é a estrada que liga a segunda maior cidade da Colômbia (Medellin) ao norte do pais. Como pode uma artéria tão importante para o país ficar desse jeito?
Ainda bem que conseguimos encontrar uma cama confortável para descansar um pouco antes de sair no dia 13/11/15 para cumprir as 7 horas que separam as cidades de Medellin e Cali (oficialmente 400 km de distância uma da outra).
Após cuidarmos de toda papelada para o embarque do Godzilla para Cartagena e deixarmos o nosso companheiro de viagem no Porto de Fort Lauderdale, seguimos no dia 20/10/15 de Miami a Orlando, a pouco mais de 300 km de distância.
Orlando é uma das maiores cidades da Flórida com mais de 2.1 milhões de habitantes, mas a grande maioria dos 59 milhões de turistas que visitam Orlando anualmente está mais interessada nos parques temáticos do que na história da cidade. Hoje, 7 dos 10 parques temáticos mais visitados na América do Norte estão em Orlando.
Uma visita aos principais parques de Orlando (Magic Kingdom, Epcot Center, Animal Kingdom, Hollywood Studios, Universal Studios, Island of Adventure e Sea World) exige pelo menos uma semana e um preparo físico de maratonista; e se for incluir outros parques como o Bush Gardens, Wet n’ Wild, Nasa etc. será necessária outra semana. Em nossos 15 dias visitamos alguns parques, mas em um ritmo bem tranquilo.
A nossa estadia em Orlando foi muito confortável. Ao invés de ficar em um quarto de hotel, preferimos alugar uma casa com 2 suítes, sala de estar, sala de jantar, cozinha equipada e lavanderia. O custo é praticamente o mesmo de um hotel simples, mas a liberdade e a sensação de estar em casa é incomparável. Recomendamos para quem pretende ficar bastante tempo em Orlando ou que esteja viajando com outras pessoas; existem casas para 6/8/10/12 pessoas – é só procurar nos sites de hospedagem.
No dia 03/11/15 retornamos a Miami e na manhã seguinte (04/11/15) pegamos um voo baratíssimo (90 USD/pessoa) até Cartagena, Colômbia. Engraçado pensar que retornamos a Cartagena exatamente 9 meses depois de deixarmos a cidade rumo ao Panamá ainda no caminho rumo ao Alasca. Muito legal!
O período que ficamos em Cartagena foi de muitos encontros (alguns programados e outro totalmente inesperado). No dia 06/11/15 chegaram nossos amigos de Bogotá Hernando, Martha Lucia, Maria Paula e Samuel e no dia 07/11/15 os pais da Liene. Comemoramos esses encontros e também o aniversário de nossa querida amiga Maria Paula em um ótimo jantar no sábado (07/11/15).
No dia seguinte fomos turistar por Cartagena na companhia dos pais da Liene, Maria Paula e Samuel. Visitamos o Castillo San Felipe (fortaleza que defendia a cidade de Cartagena), o Convento de La Popa (um convento Agostiniano com uma vista incrível de Cartagena) e o centro antigo de Cartagena. Como eles dizem: Chevere! (Legal)
Na segunda-feira (09/11/15) os pais da Liene retornaram ao Brasil, mas nossos encontros não terminaram. A noite encontramos com nossos amigos brasileiros Neto e André, que estavam em Cartagena desde o dia 05/11/15, mas que não conseguimos encontrar antes.
No dia 10/11/15 o nosso último e mais esperado encontro. Nosso fiel companheiro de viagem, o Godzilla, chegou no Porto de Cartagena. O processo para liberação do carro foi super tranquilo e se não fosse pela bateria que descarregou (provavelmente por culpa da empresa que fez o transporte) teria sido impecável! Menos de 2 horas após chegar ao porto eu, Dan, já estava rodando novamente com o Godzilla pelas ruas de Cartagena.
Agora vamos continuar com os nossos narizes voltados para o Sul, rumo à nossa querida e caótica São Paulo.
Até chegarmos em Miami ficamos em hotéis pois a ideia era cobrir a maior distância possível antes de parar. Em Miami ficamos em um hotel com um quarto com cozinha para poder cozinhar e em Orlando alugamos uma casa muito confortável com duas suítes, cozinha completa, sala de estar e pátio.
Com isso vejam onde ficamos e o que achamos:
PITTSBURGH (12/10/15)
Econo Lodge Inn & Suites (https://www.choicehotels.com/pennsylvania/pittsburgh/econo-lodge-hotels/pa619). Um hotel simples localizado próximo a mercados e restaurantes. Estacionamento aberto e café da manhã.
Nossa classificação – Razoável
CHARLOTTE (13/10/15)
Econo Lodge Charlotte Airport (https://www.choicehotels.com/north-carolina/charlotte/econo-lodge-hotels/nc582). Outro hotel da rede Econo Lodge. Os quartos virados para a rodovia são um pouco barulhentos, mas o hotel é suficientemente adequado para uma noite. Café da manhã simples e estacionamento aberto.
Nossa classificação – Razoável
BRUNSWICK (14/10/15)
Best Western Plus Brunswick Inn & Suites (http://www.bwbrunswick.com). Um hotel da rede Best Western bastante confortável com estacionamento aberto e café da manhã.
Nossa classificação – Muito bom
MIAMI (15/10/15)
Extended Stay America – Miami – Airport – Doral (http://www.extendedstayamerica.com/hotels/fl/miami/miami-airport-doral). O hotéis da rede extended stay oferecem quartos com uma pequena cozinha. O quarto era um pouco antigo e a limpeza não era das melhores, mas foi suficiente para o tempo que ficamos em Miami. Estacionamento aberto e piscina.
Nossa classificação – Bom
ORLANDO (20/10/15)
Regal Oaks Resorts (http://www.regaloaksflorida.com). Essa é a segunda vez que ficamos nesse lugar. É um condomínio fechado com casas de 2 a 4 quartos, piscina (comum), restaurante e club house. As casas são completas com sala de estar, jantar, cozinha completa e equipada (inclusive lava louças), máquina de lavar e secar etc. O estacionamento é aberto em frente as casas.
Nossa classificação – Ótimo
MIAMI (03/11/15)
La Quinta Inn Miami Airport North (http://www.laquintamiamiairportnorth.com). Um hotel da rede La Quinta próximo ao Aeroporto Internacional de Miami com piscina, estacionamento aberto (grátis), wifi e café da manhã. Existem vários restaurantes ao lado do hotel.
Nossa classificação – Bom
Quarta e última passagem pelos EUA. Depois de deixarmos o carro no porto em Miami ficamos pela Flórida aproveitando o tempo livre até o carro chegar em Cartagena. Com isso, vejam os números da nossa terceira passagem pelos EUA:
GPS
Km total rodado | 2.625 |
Km médio/dia | 328* |
Dias com o carro parado | 17 |
Km carro alugado | 1.467 |
Paradas policiais | 0 |
* Média considera apenas os dias que o Godzilla estava conosco.
Diesel
Litros consumidos | 187 |
Autonomia média Km/L | 14,04 |
Litro mais caro (USD) | 0,713 |
Litro mais barato (USD) | 0,596 |
Valor médio diesel (USD) | 0,639 |
Calendário
Data inicial | 12/10/15 |
Data final | 04/11/15 |
Número de dias total | 23 |
Estados | 5 |
Clima
Condição | Dias |
Sol | 16 |
Nublado | 4 |
Chuva | 2 |
Sol/Chuva | 1 |
Calor > 20 | 23 |
Normal | |
Frio < 10 | |
Frio < 0 |
Acomodação
Condição | Dias |
hotel | 9 |
casa | 14 |
Em abril de 2015 a revista espanhola Fórmula TodoTerreno 4×4 publicou uma pequena nota sobre a nossa viagem em uma matéria sobre o Renault Duster (https://zanzando.com/2015/04/29/zanzando-na-midia/). A matéria é do jornalista espanhol F. Callejo (Paco), que conhecemos em outubro de 2014 na Argentina, enquanto ele realizava os testes do Renault Duster.
Ficamos muito contentes com a nota, mas nem poderíamos imaginar que passados alguns meses o Paco entraria em contato conosco pedindo autorização para publicar uma matéria sobre a preparação do Godzilla para a viagem. É claro que topamos e nos dias seguintes enviamos as informações e material necessário para o artigo.
O resultado final foi uma incrível matéria de 4 páginas que foi publicada na edição setembro de 2015 e que pode ser lida no link (TT183_Preparacion_Zanzando). Paco, muito obrigado pela matéria. Ficou incrível!
No dia de Ação de Graças canadense (12/10/15) saímos de Toronto e deixamos o Canadá pela última vez nessa viagem. Nosso destino era Miami a mais de 2.400 quilômetros de distância; a boa notícia é que estaríamos seguindo sentido Sul, fugindo do frio que estava para chegar (na semana seguinte os termômetros em Toronto chegaram à temperatura de 1 digito). No caminho o Godzilla completou 190.000 km, dos quais quase 80.000 km são apenas dessa viagem.
Nos dias seguintes apenas dirigimos: de Toronto seguimos até Pittsburgh, Pennsylvania no dia 12/10/15; de Pittsburgh fomos até Charlotte, Carolina do Norte no dia 13/10/15; de Charlotte dirigimos até Brunswick, Georgia no dia 14/10/15; e finalmente de Brunswick chegamos em Miami no dia 15/10/15.
Foram 4 dias muito longos e cobrimos distâncias (média de 600 km/dia) que normalmente não fazemos, mas esse sacrifício tinha um motivo; o Godzilla seguirá de navio para Cartagena, Colômbia no final de outubro e queríamos ter tempo para preparar a documentação, arrumar as coisas e deixar o carro no porto.
Logo no dia 16/10/15 seguimos até o escritório da SC Line (http://www.scline.com) para conferir a documentação necessária, assinar as procurações/cartas de aduana e preparar conhecimento de embarque (documento necessário para o embarque do carro no navio). O processo todo foi muito simples e rápido. Agora a empresa cuidará de todos os trâmites necessários para exportação do carro dos EUA.
No dia 19/10/15 levamos o Godzilla até o terminal portuário da SC Line em Fort Lauderdale, onde ele ficará aguardando o embarque no Navio Caroline Russ que sai no final do mês de Miami para Cartagena.
A modalidade do transporte será o RORO que significa roll-on/roll-off, ou seja, o carro entra rodando e saí rodando de um navio parecido com um Ferry.
A vantagem dessa modalidade de transporte de veículos é o preço, sensivelmente mais barato que as outras formas de transporte, mas por outro lado temos que deixar as chaves do carro com a transportadora para que o veículo seja embarcado e desembarcado do navio, o que do ponto de vista de segurança não é muito legal.
Outras formas de transporte de veículos são: (i) os containers que são mais caros (normalmente o dobro do RORO), mas muito mais seguros já que o container é fechado no porto de embarque e aberto no porto de destino, sempre na presença do dono da carga; (ii) o flat rack (muito mais caro que o container), que nada mais é do que a base de um container onde o veículo é colocado e fixada, mas que por não ter nenhuma proteção lateral/teto acaba deixando tudo exposto ao tempo e a eventuais danos durante a movimentação; e (iii) os ferries, onde o veículo é embarcado pelo próprio dono, que viaja no mesmo navio na área de passageiros.
Quando cruzamos da Colômbia para o Panamá, em fevereiro de 2015, havia a opção de um ferry entre Cartagena, Colômbia e Colón, Panamá (https://zanzando.com/2015/02/05/cruzando-ao-panama/); mas o serviço foi suspenso em abril e por isso optamos por enviar o carro do EUA para a Colômbia pois seria mais rápido (apenas 6 dias de viagem) e mais fácil para desembaraçar o carro no porto.
Muitas pessoas nos perguntaram se não seria mais fácil mandar direto para o Brasil, mas é consenso entre todos que estão na estrada que o Brasil é (infelizmente) o pior lugar para se enviar/receber um veículo na América do Sul, mesmo que seja um veículo brasileiro, de propriedade de um cidadão brasileiro.
Depois de resolver os assuntos do carro, pudemos aproveitar um pouco Miami. Aproveitamos para encontrar nossos amigos Thiago, Tati e o filhinho deles Lucas, que acabou de completar 1 ano. Eles estavam apenas de passagem por Miami a caminho de Vancouver, onde os três vão estudar e viver pelo próximo ano. Foi muito legal encontrá-los e esperamos que tudo dê certo em Vancouver.
No dia 20/10/15 voltamos para a estrada com destino a Orlando. Vamos aproveitar que o Godzilla só chega em Cartagena no começo de novembro para descansar um pouco em Orlando e curtir os parques da Flórida.
De Dubai seguimos no dia 08/10/15 para São Paulo e aproveitamos a noite em casa para encontrar com o Sergio e a Eleni do Projeto Mundo Cão (http://projetomundocao.com.br/site/) que também regressaram da Colômbia para passar uns dias em casa. Jantamos, demos risada e já combinamos o próximo encontro para o começo de novembro na Colômbia.
No dia seguinte (09/10/15) nos despedimos mais uma vez de nossas famílias e seguimos novamente para o aeroporto de Guarulhos para mais um voo, dessa vez com destino a Toronto, onde nosso querido companheiro de viagem nos esperava pacientemente. Nem mesmo os 40 e poucos dias que ele ficou parado no estacionamento do aeroporto foram suficientes para diminuir seu ânimo de seguir viagem; foi só girar a chave que ele ligou novamente.
Chegamos em Toronto no dia 10/10/15, nosso aniversário de casamento. Esse é o segundo aniversário de casamento que passamos na estrada (o primeiro foi no Ushuaia), mas dessa vez não comemoramos sozinhos. Jantamos em Toronto com nossos primos Jun e Chong em um delicioso restaurante. Obrigado, Jun e Chong!
No domingo (11/10/15) fomos convidados para um almoço de Thanksgiving na casa do Fernando e Elisabete Pinheiro, com direito a um enorme e delicioso peru e a companhia da família do Afonso e Paula, amigos do Fernando e da Elisabete. Foi ótimo participar de uma comemoração tão típica ao lado de pessoas tão legais. Obrigado a todos!
A noite jantamos novamente com nossos primos e no dia seguinte (12/01/15) já saímos de Toronto rumo a Miami, de onde despacharemos o Godzilla de volta para a América do Sul; mas antes de deixar o Canadá ainda paramos para admirar as Cataratas de Niágara que são muito bonitas, mas nem se comparam com as nossas Cataratas do Iguaçu.
Nós cruzamos a fronteira para os EUA pela Rainbow Bridge (Ponte do Arco-íris), que fica bem ao lado das Cataratas; essa é a segunda vez que cruzamos essa fronteira (a anterior foi em 2013) e foi muito tranquila (menos de 20 minutos no total). Da fronteira seguimos direto até Pittsburgh, na Pennsylvania pois apesar do embarque do carro estar marcado para o fim do mês de outubro, precisamos chegar em Miami o quanto antes para dar tempo de preparar a documentação e o carro para a travessia.
Depois dos ótimos dias que passamos no Japão, no dia 05/10/15 seguimos para a quente e úmida Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Localizados na Península Arábica, os Emirados Árabes Unidos são uma confederação de 7 nações soberanas, Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah.
A história dos Emirados Árabes Unidos é super recente; apenas em 1971 foram reconhecidos como nações soberanas, tendo sido anteriormente colônias portuguesas e britânicas. Até o boom do Petróleo na década de 60, os Emirados sobreviviam basicamente da pesca e da indústria de pérolas.
A riqueza do ouro negro fez surgir imensas cidades que são pura ostentação. Nos Emirados tudo é maior, mais bonito, mais dourado, mais caro, mais rico e por aí vai. Acho que nunca vimos tantos carros luxuosos Rolls Royces e superesportivos como Ferraris, Porsches e Lamborghinis e todas as cidades são verdadeiros canteiros de obras com ilhas artificiais, shoppings enormes com pistas de sky indoor etc.
Logo que chegamos fomos para o Museu de Dubai; de lá pegamos um barco e seguimos até o Mercado de Especiarias e o Mercado do Ouro; e depois fechamos o dia passeando pelo bairro dos palácios.
No dia seguinte (06/10/15) fomos até o emirado vizinho Abu Dhabi para conhecer a Mesquita do Sheikh Zayed, uma construção impressionante toda de mármore, madrepérola e ouro. Existem inúmeras regras para entrar na Mesquita, principalmente para as mulheres, mas a beleza do lugar faz tudo valer a pena.
Da Mesquita fizemos um city tour pelo centro de Abu Dhabi e paramos em um museu inusitado. Normalmente os museus exibem peças que contam a história, mas não é o caso desse museu; ele mostra as obras que estão sendo feitas na cidade, com destaque para o bairro que irá abrigar o novo Museu do Louvre de Dubai e o Guggenheim de Dubai, ambos com uma arquitetura moderníssima.
De volta a Dubai, fomos conhecer o Dubai Mall, que é considerado um dos maiores shoppings do mundo com mais de 1200 lojas e restaurantes. Dizem que é necessário pelo menos 5 dias para percorrer todos os seus corredores, mas como nada em Dubai é exagerado demais, eles já começaram as obras para expandir o shopping para cerca de 1500 lojas. Ainda bem que deixamos nossos cartões de crédito no hotel (rs). Já que não tínhamos dinheiro para comprar nada, fomos até a parte externa para assistir o show das águas com o Burj Kalifa ao fundo – muito legal!
No nosso último dia em Dubai (07/10/15) corremos bastante – literalmente. Começamos o dia no autódromo de Dubai em uma animada corrida em carros estilo Fórmula 1. É claro que os nossos carros não tinham toda a tecnologia que os bólidos da Fórmula 1 têm, mas mesmo assim deu para sentir a adrenalina enquanto corríamos no circuito de Dubai.
De lá demos uma passada rápida na praia para conhecer um dos símbolos de Dubai, o hotel Burj Al Arab e seu inconfundível formato de vela. Infelizmente para entrar nesse hotel 7 estrelas somente com reserva para comer ou se hospedar em uma das suas suítes. Como não estávamos hospedados no hotel, nos contentamos com a vista de longe. Quem sabe um dia não regressamos, dessa vez como hóspedes.
Seguindo em frente, subimos no mirante do Burj Kalifa, que está localizado no 125 andar. Como disse nosso guia Rui, ir a Dubai e não subir no Burj Kalifa é como ir a Roma e não visitar o Coliseu, então lá fomos nós. A vista lá do céu é muito legal, um pouco árida, mas muito legal!
Para fechar o dia, fizemos um passeio pelo deserto a bordo de um Toyota 4×4. O passeio foi bem legal, com direito a assistir o pôr do sol das dunas e jantar em um acampamento beduíno com show de dança do ventre.
Com isso fechamos nossa viagem em família. Foi muito legal passar esse tempo com eles e conhecer tantos lugares diferentes. Também não podemos nos esquecer dos nossos guias Hilda, Ayako, Ai, Helena, Matsuda e Rui que fizeram de tudo para nos proporcionar uma ótima viagem; sem eles não teríamos tanta informação para compartilhar com vocês e nem conheceríamos tantos lugares legais.