Ruínas de Copán
Hoje (26/03/15) visitamos as Ruínas Mayas de Copán, que foram declaradas patrimônio da humanidade pela Unesco em 1980, mas para chegar lá tivemos primeiro que cruzar a fronteira para Honduras, já que o sítio arqueológico está localizado no Município de mesmo nome, a cerca de 11 km da fronteira com a Guatemala.
A primeira dúvida era o que fazer com o Godzilla. Deixar em Chiquimula – Guatemala e ir de ônibus, atravessar para Honduras de carro, parar o carro na fronteira? Bom, nesse ponto existem algumas questões que determinam o que fazer.
Deixar o carro em Chiquimula e pegar um ônibus até a fronteira é totalmente viável, mas a viagem leva cerca de 2 horas (o normal é 45 min.) já que o ônibus faz várias paradas pelo caminho; a segunda opção, cruzar de carro também não é muito interessante pois além da burocracia da fronteira, temos que pagar 35 USD pelo ingresso do carro em Honduras; assim, optamos por dirigir até a fronteira, deixar o carro em um estacionamento e cruzar a pé para Honduras.
A fronteira se chama Paso El Florido, distante cerca de 50 km da cidade de Chiquimula e a 11 km das ruínas de Copán. Conversamos com os oficiais da aduana da Guatemala e pudemos deixar o carro estacionado na área da aduana (muito bom). Depois fizemos os trâmites de saída da Guatemala, que na realidade se limitaram a um papel escrito “2 brasileños” e nos autorizava a cruzar a fronteira até Copán.
Em seguida passamos pela imigração de Honduras e pagamos novamente a taxa de 3 USD por pessoa para ingressar no país. Da fronteira pegamos uma van (custo 25 lempiras por pessoa – aprox. 1,20 USD) até as ruínas. Na volta pegamos um tuc-tuc até a cidade (1 USD por pessoa) e a van (20 lempiras) até a fronteira.
Em Copán optamos por contratar um guia que fez um tour de quase 3 horas pelas ruínas. O custo do guia foi de 35 USD, que dividimos com o Amabry e a Rosely do Vamos pro Alasca. Para ingressar nas ruínas se pagam outros 15 USD por pessoa e mais 7 USD para visitar o museu onde estão algumas peças originais que foram retiradas do local que foram encontradas com o intuito de protegê-las. Têm alguns outros passeios (túnel construído pelos Mayas), mas não fizemos.
Copán atingiu o seu auge entre 426 e 822 D.C. Durante esse período a cidade chegou a ter 25 mil habitantes e ocupava uma área de aproximadamente 250 quilômetros quadrados. Muitas construções ainda não foram descobertas ou escavadas, mas hoje podemos visitar uma área de aproximadamente 1 quilômetro quadrado, que concentra as mais importantes construções, como a praça central, a quadra onde se disputava um jogo com uma bola de 3kg, a acrópoles e a zona residencial da nobreza.
Em Copán se conta muito a história do governante Uaxaclajuun Ub’aah K’awiil, que significa 18 coelhos (todos os nobres Mayas tinham seus nomes associados a animais). Ele foi um dos governantes que melhor detalhou a história de Copan em Estelas (tótens de pedra) e na escadaria de hieróglifos situada na Acrópoles.
O jogo de bola dos Mayas era disputado por 2 equipes de 3 a 5 jogadores que utilizavam as cabeças, ombros, cintura e joelhos para golpear a bola que pesava mais de 3 quilos (incrível). Pés e mãos não eram permitidos. Não entendemos como funcionava a marcação dos pontos, mas achamos muito interessante o fato do capitão do time perdedor ser sacrificado após o jogo (devia ser uma partida disputadíssima!).
Saindo das ruínas visitamos o Museu de Esculturas, que fica em um prédio ao lado do centro de visitantes. Lá estão montadas diversas estelas e fachadas de prédios que pertenciam à cidade de Copán que foram retiradas de seus locais originais e levados para o museu para protegê-los da ação do tempo.
Achamos o valor do museu (7 USD por pessoa) um pouco caro pelo que ele oferece e também não sabemos se concordamos com a retirada das peças de seus locais originais, mesmo que seja com o intuito de preservação das peças, mas de todo modo é muito interessante.
Apesar do custo relativamente alto dos ingressos e do calor absurdo (chegou a 39 graus, mas a sensação era de muito mais) esse é um passei0 que vale muito a pena, diríamos que é imperdível para quem visita a região.
Como é simples né! papel escrito dois brasileiros e aperto de mão!! podia ser assim pro mundo todo!…rs
Quase isso Buda…o papel estava escrito 2 brasileños, mas a taxa nós pagamos normalmente…legal mesmo foi andar de tuc-tuc…rs