É Carnaval!
No dia 11/02 deixamos a Península de Azuero para retornar à Cidade do Panamá, onde passaríamos o Carnaval. No caminho ainda paramos para conhecer a Cidade de La Pintada. Passamos um final de tarde muito agradável em um pequeno hotel fazenda e no dia seguinte (12/02) visitamos a fábrica de charutos Joyas de Panama.
(belo fim de tarde em La Pintada)
Essa pequena fábrica de charutos é administrada pela Cubana Miriam Padilla e seu filho, e emprega diretamente cerca de 80 pessoas (maior empregador da região). A capacidade máxima de produção é de 22.000 charutos por dia, mas eles trabalham apenas conforme a demanda, então no dia que visitamos apenas um único empregado enrolava as folhas de fumo.
No dia 12/02 chegamos à Cidade do Panamá e fomos direto para o Hard Rock Hotel. Não, não estamos esbanjando! A surpresa é que a nossa família viria do Brasil para passar o feriado conosco. Eles só iriam chegar no dia 14/02 (sábado), então aproveitamos os dois dias por aqui para fazer coisas simples, fomos ao cinema, jantamos em um restaurante legal, fomos a um bar com música ao vivo. É engraçado como essas coisas “normais” fazem falta quando estamos em uma viagem como essa.
E assim, no dia 14/02 eles chegaram. Para o Carnaval vieram os pais, irmãos e cunhado da Liene. Detalhe, essa é a primeira vez que nós 7 viajamos juntos. Até dissemos que foi necessário ficar quase 6 meses longe deles para que pudéssemos viajar todos juntos…rs
Tiramos o sábado para colocar o papo em dia, contar um pouco da nossa viagem e matar as saudades de todos. No fim do dia ainda encontramos com o Roy e a Michelle do Mundo Por Terra (http://www.mundoporterra.com.br) e jantamos todos juntos em um restaurante do hotel.
No domingo (15/02) fizemos um city tour pela Cidade do Panamá, começando pelas eclusas de Miraflores, que é a entrada do Pacífico para o Canal do Panamá. Em Miraflores são apenas 2 eclusas que elevam os navios 16 metros acima do nível do mar (8 metros cada eclusa); de lá os navios navegam até a terceira eclusa (Pedro Miguel) que os eleva mais 10 metros até o nível do lago Gatún.
O centro de visitantes conta com um museu e dois decks de onde se pode observar a passagem dos enormes navios, mas por estar muito próximo à Cidade do Panamá, fica lotado de turistas e mal conseguimos achar um espaço no guarda corpo para observar as eclusas; bem diferente do Gatún Locks (eclusas de Colón – Lado do Atlântico), que são menos movimentadas, mas não menos impressionantes.
Toda essa área era controlada pelos Estados Unidos, que considerava o canal e uma faixa de 8,1 km de cada margem como território norte americano, sendo proibido o acesso de panamenhos. O que nos chamou a atenção foi a diferença sócio-econômica entre o lado controlado pelos americanos (rico) e o lado panamenho (sensivelmente mais humilde).
(grafite que representa a luta do povo panamenho pela desocupação do canal)
Fechamos o city tour no Casco Antiguo, que é um bairro da Cidade do Panamá erguido em 1673 após a quase completa destruição do bairro Panamá Viejo por piratas em 1671. O bairro foi considerado patrimônio da humanidade pela UNESCO em 2003, entretanto muitos prédios ainda se encontram ocupados por invasores (na maioria mulheres com crianças e idosos), o que impede a conclusão das obras de restauração.
E assim passamos o Carnaval. O melhor desse feriado foi rever a nossa família, mas como tudo que é bom dura pouco, na terça-feira (17/02) eles retornaram ao Brasil e nós em breve seguiremos em frente em nossa jornada.
Foi ótimo revê-los e poder ouvir um pouco das aventuras ao vivo. Gostei do relato do Panamá! Fiquei com as mesmas impressões. Agora o mais impressionante mesmo foi ver a irmã com uma marca de biquíni! 😄 Boa viagem para vcs, se cuidem! “Canudo”! Bjs!