Bienvenue à Québec!
De Louisburg seguimos no dia 18/08/15 para Halifax, capital e principal cidade da Província de Nova Scotia. Pretendíamos passar um ou dois dias para descansar um pouco, conhecer a cidade e ouvir algumas histórias sobre o Titanic; sim, Halifax foi a cidade para onde os corpos e muitos destroços do Titanic foram levados após o desastre de 10/04/1912, tanto que o museu marítimo da cidade é considerado um dos melhores acervos sobre ele.
Entretanto, assim como o navio que foi construído para não afundar, nossos planos naufragaram também. Um vazamento na bomba de direção hidráulica do Godzilla nos deixou em uma situação difícil e, como comentamos em um post anterior, como o nosso carro não consta no sistema das oficinas, ninguém quer mexer nele. Até tentamos resolver o problema sozinhos, mas não foi possível.
Pensamos em várias possibilidades, inclusive dirigir mais de 1.900 quilômetros até Toronto com a bomba vazando, mas não seria muito viável já que estávamos perdendo mais de meio litro de fluído a cada 250 quilômetros. Mais tarde lembramos da oficina em Fredericton, New Brunswick, a 450 quilômetros de Halifax, que tinha feito o reparo da linha de freio quando entramos no Canadá; decidimos levar o Godzilla para lá e, na pior das hipóteses, estaríamos 450 quilômetros mais perto de Toronto onde já tínhamos conseguido fazer contato com uma oficina.
No dia 19/08/15 levamos o Godzilla para Fredericton e literalmente lavamos a parte de baixo e a porta traseira dele de fluído da direção hidráulica, mas conseguimos chegar sem maiores problemas. No dia seguinte (20/08/15), o pessoal da Jensen’s Powertrain confirmou o que temíamos, ou seja, a bomba da direção hidráulica estava vazando pela junta. Normalmente não se abre a bomba para trocar a junta, o certo seria trocá-la, mas uma nova bomba levaria pelo menos 1 semana para chegar e enquanto isso ficaríamos presos em Fredericton.
Ainda bem que o pessoal da Jensen é a exceção da regra “se não está no sistema não existe”. Eles disseram que poderiam fazer uma junta nova utilizando a velha como molde. Ótimo! Não sabemos quanto essa nova junta irá aguentar, mas pelo menos podemos seguir em frente. Em menos de 3 horas já tinhamos montado tudo e após um banho no Godzilla estávamos prontos para seguir em frente.
No dia 21/08/15 rodamos bastante e chegamos no meio da tarde em Québec City, capital da província mais francesa do Canadá. Aqui a língua oficial é o francês e não é difícil encontrar pessoas que simplesmente não falam inglês, especialmente fora dos grandes centros. Quando entramos na Província de Québec, parece que estamos mudando de país; tanto que os Québécois tiveram um referendo em 2006 para decidir se permaneceriam como uma província canadense ou se seriam independentes.
A Cidade de Québec foi nossa primeira parada na província, e que lugar! Estivemos aqui pela última vez no começo da primavera de 2013 e a Liene retornou com a família no verão desse mesmo ano, mas esse é um daqueles lugares que a gente simplesmente não cansa de visitar. A principal atração é a Citadelle, que é a parte fortificada e muito bem preservada de Québec.
Um dos pontos principais da Citadelle é o Château Frontenac, que é um hotel muito bonito da rede Fairmont, tido como um dos hotéis mais fotografados do mundo (exagero franco-canadense). Em nossa visita em 2013 ficamos hospedados nesse hotel mas, dessa vez, com nosso orçamento overlander, só pudemos registrar algumas imagens dele.
Continuando o passeio por Québec, por ser verão (e o dia estava ótimo) as ruas estavam cheias, os restaurantes tinham mesas do lado de fora ao lado dos pintores, caricaturistas e fotógrafos, e muitos artistas e músicos se apresentavam nas praças e calçadões. Esse clima é uma característica marcante da cidade e foi aqui, nas ruas de Québec, que surgiu o Cirque du Soleil e todo verão eles fazem algumas apresentações de graça e ao ar livre para quem estiver passando – muito legal!
Nossa passagem por Québec foi curta, mas muito legal. Esse é um lugar que ainda esperamos voltar outras vezes.