Montecristi e o Chapéu Panamá

Saímos de Puerto López no dia 28/12/14 com destino a cidade de Montecristi, na província de Manabí. Essa cidade de pouco mais de 70.000 habitantes é famosa pela produção dos tradicionais chapéus de palha toquilla, também conhecidos como Chapéus Panamá.

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Parece que tudo em Montecristi gira em torno da produção do chapéu Panamá, que desde 2012 é considerado legado cultural intangível pela Unesco. Na rua principal (calle 9 de julio) existem inúmeras lojas e ateliers que fabricam e vendem desde os modelos mais tradicionais até os mais modernos e coloridos.

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O chapéu Panamá, apesar de ser um produto legítimo do Equador, leva esse nome pois no final do século 19 os produtos vindos da América do Sul eram despachados para o Panamá e de lá seguiam para a América do Norte, Europa e Ásia. Ainda, em 1904 o Presidente Norte Americano Theodore Roosevelt visitou as obras do Canal do Panamá usando um chapéu de palha toquilla, o que ajudou a fixar o nome e aumentar sua popularidade.

A qualidade do chapéu Panamá depende do número de pontos por centímetro quadrado e, quanto maior a quantidade de pontos, melhor o chapéu. O chapéu com a classificação mais alta segundo a Fundação Montecristi leva o nome de Montecristi Superfino e pode levar de 2 a 4 meses para ser feito – dizem que ele é capaz de passar por uma aliança quando enrolado, além de ser a prova d’água.

A produção desse chapéu ainda é totalmente artesanal, mas a quantidade de artesões que são capazes de fazer um Montecristi Superfino é cada vez menor em razão da situação econômica do Equador e da competição com os chineses – uma pena, mas nós já garantimos o nosso!

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