Death Valley e Inyo National Forest
No dia 28/05/15 saímos de Las Vegas e seguimos rumo ao Death Valley na fronteira entre Nevada e Califórnia. Esse lugar faz jus ao nome e sozinho é dono de 3 recordes impressionantes: o da maior temperatura já registrada (137 Fahrenheit / 57 Celsius), o do lugar mais seco da América do Norte (chove em média 60 mm por ano), e o do ponto mais baixo dos EUA (282 ft / 86 metros abaixo do nível do mar).
Mesmo com esse nome, o Death Valley é extremamente bonito e com bastante vida (vimos lagartos, pequenos roedores, coiotes e roadrunners, mais conhecido como o papaléguas). E, além disso, esse lugar totalmente inóspito é habitado desde meados do século 19, durante a corrida do ouro.
Apesar da mineração de ouro ter acabado há muito, ainda existem muitas minas espalhadas pelo parque, como essa que se chama Eureka. Ela data de 1905 mas até hoje existem muitas estruturas de pé.
Ainda, durante anos as empresas exploraram as reservas de Borato de Sódio (Bórax), mas com a queda da demanda pelo minério a principal atividade econômica da região gradualmente migrou para o turismo, sendo o Death Valley convertido em parque nacional em 1994.
O parque é enorme e a temperatura chega fácil aos 40 graus celsius (o termômetro do nosso carro estava marcando 112/113 fahrenheit / 44 celsius às 13h30), então não é recomendável fazer qualquer tipo de atividade física após às 10 da manhã.
Por isso, decidimos ficar duas noites por aqui e explorar o parque por partes. No dia 28/05/15 fizemos a parte sul e sudeste e passamos por:
Dante’s View – ponto mais alto do parque (14.505 ft/4.421m ) de onde se tem uma vista privilegiada de todo o lugar;
Zabriske Point – de onde se pode admirar o pôr do sol (não ficamos) e as formações rochosas em formato de ondas;
Badwater – que é o ponto mais baixo (86 metros abaixo do nível do mar) e um simpático salar, mas nem se compara ao Salar Uyuni na Bolívia;
Devil’s Golf Course – imagina jogar golfe com um calor desse. Somente o diabo mesmo… Pelo menos não tem O.B. nem hazard…rs;
Artists Drive e Artists’ Pallet – se trata de um desvio de 9 milhas da estrada principal, mas que é recompensada por uma vista incrível;
Do camping, apesar do calor, assistimos um belo pôr do sol.
Na manhã seguinte (29/05/15) fizemos o lado norte e noroeste do parque e passamos por algumas estradas secundárias que nos levaram a uma antiga carvoaria e também às dunas, chamadas Mesquite Dunes. Tudo muito bonito.
Gostamos bastante do Death Valley, mas o calor judia bastante. Por isso, hoje (30/05/15) saímos em busca de um clima mais temperado. Nosso objetivo é chegar ao Yosemite Park, parque das Sequóias, mas antes passaríamos a noite na simpática Mammoth Lakes, que fica super movimentada durante a temporada de ski no inverno.
No caminho entre o Death Valley e Mammoth Lakes vimos uma placa indicando um parque chamado Ancient Bristlecone Pine Forest. Não tínhamos ideia do que se tratava, mas como era cedo resolvemos fazer um desvio e conhecer esse parque.
Os Bristlecone Pines são árvores que crescem apenas em condições específicas (baixa humidade, solo alcalino e altitude) e estão entre os seres vivos mais antigos da terra. Algumas dessas árvores têm mais de 4.000 anos e ao contrário do que podemos imaginar, não são árvores enormes.
O parque fica a mais de 3.000 metros de altitude, então caminhar é um pouco cansativo, mas o esforço vale a pena pois a vista das árvores com os picos da Sierra Nevada ao fundo é maravilhosa.