O Trânsito no Peru
Desde que entramos no Peru uma das coisas que mais nos impressionou foi o trânsito. Em nossa passagem anterior por aqui, já tinhamos notado que o trânsito era caótico, mas a experiência de dirigir tem sido um teste e tanto para nossa paciência.
O trânsito nas cidades é caótico e nas estradas a imprudência dos motoristas é o que mais assusta. O excesso de velocidade quase sempre vem acompanhado de manobras arriscadas e ultrapassagens pra lá de forçadas, tanto que quase fomos tirados da estrada por um ônibus (com passageiros) que estava fazendo uma ultrapassagem em uma curva (coisa normal de se ver com ônibus, caminhões, carros e motos).
Ainda na fronteira, em Tacna, pudemos ver o que nos aguardava… tuc-tucs (moto-taxis), carros, ônibus, vans e motos para todos os lados e sempre buzinando; em Arequipa entendemos que cada um faz o que quiser no trânsito; em Juliaca ficamos perdidos no centro da cidade que não tem qualquer sinalização (seja o nome da rua ou a mão e contramão) no meio de um tumulto que só não era maior do que o lixo espalhado pelas ruas; em Lima ficamos mais de 1 hora e meia presos no engarrafamento monstruoso para sair da cidade ouvindo uma verdadeira sinfonia de buzinas; mas o ápice foi no dia 13/12 em Trujillo, onde ficamos parados quase 3 horas no acesso à cidade.
Como as 2 pistas que seguiam sentido norte estavam paradas nada mais lógico fazer uma terceira fila pelo acostamento – parou? Não tem problema, é só enfiar o carro na contramão e seguir em frente buzinado para os carros que seguem em sentido contrário… O resumo disso? Um bololô de 5 pistas em um sentido e outras duas no sentido oposto (é claro que o outro lado parou também) registrado do alto do Godzilla para que ninguém diga que estamos inventando…
(como resolver isso?)
(esse ônibus estava sem passageiros, mas seguia rodando pela estrada)
Aí vocês perguntam, e a polícia? Pois é, a polícia estava lá apenas observando esse gigantesco tumulto e parecia que tudo era absolutamente normal. Não houve nem sequer um olhar feio para o motorista parado na contramão, multa então… Até o ato de buzinar (chega a ser cômico para não dizer trágico como os peruanos buzinam) é cultural – aqui se buzina para absolutamente tudo! Tanto que nem percebemos que um outro casal de brasileiros (Christian e Sabrina) tentava chamar nossa atenção em Chimbote.
A sensação que temos é a de que estamos no desenho do Pateta em que ele se transforma em um monstro ao assumir o volante (Dr. Jekyll and Mr. Hyde versão Disney)…