Parque Nacional Queulat
Saímos de Puerto Ibañez na manhã de sexta-feira (24/10/14) sentido norte pela Carretera Austral e já ficamos aliviados pois a estrada até Coyahique era toda asfaltada. Assim, pudemos aproveitar um pouco mais as paisagens. No caminho fomos parados pela primeira vez em território chileno; o policial muito simpático olhou os documentos e disse que o Godzilla era muito bonito e já nos liberou para seguir viagem.
Apesar de ser a capital da Província de Aysén, Coyahique é uma cidade relativamente nova e pequena, já que foi fundada apenas em 1929 e tem cerca de 44 mil habitantes (metade de toda população da província). Achamos a cidade um pouco caótica, mas talvez seja só impressão já que não passamos por uma cidade grande há algum tempo. De qualquer forma, foi ótimo passar a noite em Coyahique – pudemos abastecer o Godzilla, comer em um bom restaurante, tirar dinheiro e buscar informações sobre a região.
Um dos maiores atrativos de Coyahique é o fly-fishing (Tony e Tchel – é para vocês), já que a cidade fica na confluência dos rios Simpson e Coyahique, ambos renomados pela pesca de truta e salmão. A cidade também tem outros atrativos, como o Parque Nacional Simpson e a Reserva Nacional Coyahique, ambos fantásticos para acampar ou para a prática de trekking.
(Pedra do Índio em Coyahique – consegue enxergá-lo?)
Hoje (25/10/14) pela manhã, saímos de Coyahique e infelizmente a vida boa acabou. Andamos cerca de 100 km em ótimas estradas pavimentadas e depois retornamos à Ruta 7 para pegar um trecho em obras (o centro de visitantes de Coyahique nos informou que esse trecho estava em obra e que eles interrompem o trânsito entre 13h e 17h) muito ruim, mas com paciência e muita lama chegamos ao nosso destino, o Parque Nacional Queulat. Nunca ouviu falar? Tudo bem, muitos chilenos também não.
Segundo o Frommer’s o Parque Nacional Queulat é um dos menos explorados em razão da densa concentração de floresta virgem e, apesar da Ruta 7 cortar o parque em praticamente toda a sua extensão, existem poucos pontos de acesso, fazendo com que muitas áreas continuem praticamente inexploradas.
A maior atração do parque é o Ventisquero Colgante – um tremendo rio de gelo em formato de V suspenso a centenas de metro do chão em uma imensa parede de granito, com algumas algumas cascatas que descem pelas pedras para completar o cenário. É incrível! Para poder ver o Ventisqueiro Colgante é necessário pegar uma das 3 trilhas, sendo que a mais difícil (Sendero Mirador Ventisquero Colgante) leva cerca de 3 horas (ida e volta) e tem dificuldade média.
No final do dia chegamos a Puyuhapi, onde passaremos a noite em uma casa construída toda em madeira em 1957, e amanhã seguiremos sentido norte pela Ruta 7.